É triste
Que escolhemos o ódio antes do amor
Que atacamos antes de escutar
Que julgamos antes de compreender
Que preferimos defender um do que todos
Como a vida respira debaixo desse concreto?
Como a alma sobrevive essa opressão?
O que chamamos de liberdade
Construiu nossa prisão
O orgulho é um bem perecível
Reina sobre uma terra arrasada
Sem opinião, só bravata
Sobra a violência de um ego ferido
Tenho medo de não enxergarmos as consequências
Tenho medo desses pensamentos cruéis
Tenho medo dessa intolerância explícita
Tenho medo que não tenha volta, nem saída
É assustador o horizonte que se forma
É desconcertante encarar esse espelho
Todo dia tem um depois
Como iremos viver nele?