Livro

Advertência

Coloca-se em risco a realidade ao encará-la a versos; não é que a realidade vá ceder à força da prosa, pois não há milagre tal que possa verter das mãos de um poeta. A vida colocada sob a pena e a crítica destes poucos que estão dispostos a sabiamente apreciá-la acaba reinventada irrecuperavelmente, a violência corrompida pelo corpo mais lúcido e a ingenuidade castigada por esta vontade mais forte e altiva.  Essas mãos tão próximas do solo, destinadas a serem sujas e não santas, abrem-nos pequenas clareiras entre as fronteiras cotidianas e são de um alpinista resistente que chegou a nós com a virtude de não esquecer o próprio tamanho. É apenas um homem, ousadamente romântico, num século cuja civilização sonâmbula já não vive nem sonha, apenas se move errante e não percebe mais suas dores e seus amores.

Este que hoje, nesta primeira obra, se anuncia para o mundo, convida-nos a uma nova perspectiva – e para julgarmos se é prudente aceitar, com justiça o poeta nos deixa seus versos à disposição.

Diogo Canhadas
Amigo e Filósofo

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