“Incerteza” (13/12/2009)



Não consigo me livrar disto,
Impregnado como mau cheiro,
Como uma verdade escondida,
Como segredo sufocante.

Escrevo sem parar
Mas não reconheço as palavras
Nenhuma parece dizer o suficiente
Todas estranhamente mudas

Faço prosas e poesias
Tento fechar os olhos
Tento sempre em vão

Há algo ainda no ar
Há algo nos corações
Há algo nas almas

Algo se perde
Tem algo que perde a voz
Tem algo que perde o sentido
Tem algo que morre
No primeiro sinal de vida

A impressão presa no âmago
Um sentimento sem tradução
Que me deixa apenas com o receio
De ser exatamente do que preciso

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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