Ele finalmente está aqui. Mas nada é finalmente quando faz parte de um todo. Eu não conseguiria nem começar a separar o que foi do que é. Não posso negar nenhum erro, esconder nenhuma cicatriz. Os aprendizados, os sorrisos, carrego tudo comigo. O fato é que muito do tempo que a gente conta, a gente nem repara que passa. Neste fim, que não deixa de ser começo e na verdade é meio; Temos a oportunidade de respirar e olhar nossos detalhes. A vida lá fora está tão inerte que alguém diria que o mundo também parou. Nesta brecha de tempo e espaço encaixamos nossos planos. Da gratidão do conquistado partimos para os sonhos, traçamos uma linha no desconhecido. É importante saber onde se quer chegar. É importante aceitar que os caminhos são muitos e que mudar não é um fracasso, mas sim o sucesso de encontrar uma saída para ser feliz. Talvez o que finalmente tenha chegado, ao menos para mim, seja a consciência de aproveitar e apreciar tudo de belo e sincero que já faz parte de mim. Das pessoas aos sentimentos que preenchem minha alma. Estou diante uma folha virada em um caderno cheio de histórias. E se você me permitir um conselho, antes de começar o próximo parágrafo, permita-se um instante para abraçar todo o seu ser, encontrar paz e perceber que está bem. O que você guarda no coração é a chave para todo resto. Perseveremos!
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“Adeuses” (05/11/2018)
Eu vou ter que deixar o teu abraço
O tempo não me esquece
Tudo nessa vida é partida
No fim somos só o que deixamos para trás
Eu choro no teu colo
Na esperança que o abrigo seja eterno
Que possa escancarar toda angústia
Que possa secar essa tristeza
Que encolhido no teu carinho
Não precisasse de um amanhã
O dia partiu meu bem
Mas eu não quero voltar
A única coisa que ainda carrego
É justamente a que quero deixar
Meu sonho já acordou
Meu amor já cresceu
O desejo se transformou
A idade já passou
Acabou a reza e a saudade
O que falta para este adeus?
Nunca achei que ia preferir o fim
Mas essa é a lição da vida
De tudo que dói e de tudo que se ama
Viremos a nos despedir
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Teoria dos nós” (04/05/2015)
Não há exatidão nas palavras
Por isso amar não tem limites
Razões para ser são as mesmas de esquecer
Poderíamos aceitar o que é real
Mas somos a aposta da incerteza
Ser mesmo que chova ou seque
Voltar é mais natural do que seguir
A porta separa o tempo e o espaço
O abraço elimina o antes e o depois
O infinito não se aplica à escolha
Nosso caminho é através da parede
Rumo é encontrar entrada pro coração
Destino é aconchegar paz na alma
Enxergar todo dia os traços do sonho
O universo cabe no olhar
Dos meus fiz nossa morada
Com o sorriso beirando a palavra
Para quem passar ter uma ideia insensata
De como ser feliz
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Rei e Rainha” (21/04/2015)
O amor manda?
É absoluto em suas vontades?
Há espaços para questionamentos?
Existe alguma forma de fugir?
E se o amor for ditadura?
Sob seu estado embriagante
O prazer é lei marcial
Verdades caem como chuva
Sintonizados no mesmo canal
O que divide a linha do horizonte?
O aqui tem limites no corpo
A vida não tem uma única face
A plenitude não está no que é sempre
É o que segue mesmo sem ser
O amor reina junto da dor
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“O Novo” (08/08/2015)
E quando o hoje acaba?
E quando a curiosidade morre?
E quando acabam os segredos?
E quando o ideal dá lugar a realidade?
E se o engraçado já não é mistério?
E se a noite vira?
E depois da conquista?
E depois que ganha nome?
E depois do medo?
E quando te pedem para ficar….
Você sabe viver sem final?
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Entre nós” (26/01/2015)
Somos nós bem dados
É fácil viver ao seu lado
Como respirar é involuntário
Teus medos são minhas coragens
Minhas dúvidas são tuas certezas
Há algo até no inverso de nós
Não é uma força de atração
Não é o abraço forte e incondicional
Somos um pedaço de natureza
Alguns sorrisos e lágrimas esporádicas
Nos manterão vivos e fortes
Consciente de que minha raiz cresceu
Até te encontrar
Sei onde plantei minha paz
Amor não é simplesmente nó
É a minha mais profunda escolha
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Partido” (22/01/2015)
Jamais irei embora mãe
Há comigo o que não é genético
O caminho de volta para o amor
Serei em qualquer lugar da vida
Tudo que aprendi ao seu lado
Agora eu sei como levantar paredes
Quero plantar meus sonhos
Quero me responsabilizar por outro coração
Preparar carinhos toda noite
Deitar sempre em paz
Mas não despertenço de nada
Meu futuro fará parte do passado
Seremos eternamente este abraço
Seremos sempre este encontro
E jamais esqueceremos o beijo de boa noite
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Um abraço” (19/11/2014)
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Porto” (20/10/2014)
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Até o fim” (28/09/2014)
Ass: Danilo Mendonça Martinho