Ao virar na avenida principal tinha uma Lua do tamanho de um planeta. Refletindo a luz de um Sol que ainda se escondia. Amarelada no topo dos prédios do centro da cidade, parecia uma pintura, um filme, uma ilusão. Mas entre tudo que nossa mente nos engana, de tudo que o homem criou, é fácil distinguir a natureza. Ela respira junto, ela sente, ela se comunica na sua imensidão e grandeza. Tudo a sua volta parece pequeno, mundano, corriqueiro. Conforme o carro avançava ela foi se misturando no horizonte, até ser essa lembrança. A Lua não gosta de câmeras. Sempre fica como um mero detalhe nas fotos. A realidade da sua presença, a beleza que colocou no meu amanhecer, não pode ser registrada. Ficam apenas essas palavras insuficientes diante uma vida que antes de tudo, sente.
Lua Cheia
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