Ass: Danilo Mendonça Martinho
Ano: 2015
“Mancada” (10/11/2015)
Cansei dessa história
Cansei da culpa
Cansei de estar sempre aquém
Cansei de duvidar
Cansei de procurar o erro no meu espelho
Cansei de me diminuir
Cansei de gastar meu tempo
Cansei de usar o meu pensamento
Cansei dessa história só ter um lado
Quero meu orgulho de volta
Quero o meu sorriso
Quero a minha paz
Quero não olhar para trás
Quero te deixar com suas verdades
Quero me livrar do desgosto
Quero teu melhor só que longe de mim
Quero que perceba as tuas falhas
Quero que compartilhe da humilhação
Quero que você perca o sono
Quero que você entenda o peso da responsabilidade
Quero que você entenda que isso significa muito mais para os outros do que para você
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Pródigo” (09/11/2015)
Quem sabe era o filho que precisava se perder
Todo mundo sabe o caminho de casa
A questão é com que cara vamos voltar
Precisamos ir longe demais
Desconhecer o nosso próprio ser
Para entender o que nos faz únicos
Tentarei me encontrar da onde parti
Onde rompeu meu espírito de vontade
A última vez que lembro de ser livre
Rezo com todas as forças por um abraço
Desejo com toda esperança um novo caminho
Espero silenciar a dúvida para nascer outra paz
Só posso lhe dizer, que siga os próprios passos
É raro não precisar buscar longe daqui
É mais fundamental ainda a coragem e sabedoria de voltar
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Um vazio na imensidão” (08/11/2015)
O papel não cria vontade
A agenda não faz compromisso
Tem algo quebrado no espírito
Ou estou muito longe de casa
Cheguei aqui para viver
Não para me deixar levar
Escondi-me atrás do leme
Perdi a força para remar
A inércia é quase um alívio
Mas no espelho só fica a dor
Um incompleto retrato
De um olhar sem calor
Não me falta vento
Me falta prumo
Não me falta sonho
Me falta fé
A promessa permanece
Uma verdade e pés no chão
O medo é não lembrar o caminho
A chance de ter sido vão
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Nublados” (03/11/2015)
O dia está feio
Mas beleza é questão de espelho
Pelo transparente
Há janelas fechadas
Enquanto outros simulam vida
Entre tudo de mais abstrato
A vida é uma lembrança de fundo
No reflexo
Um rosto na escuridão
Uma fresta sem luz
Um olhar sem caminho
A palavra que já começa abandonada
O dia está lá fora
A beleza está por dentro
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Tempo e Espaço” (02/11/2015)
Ass: Danilo Mendonça Martinho
“Disfarce” (01/10/2015)
Falo chuva
É onde me sinto livre
Se a alma não cabe ao menos dilui
Lamentamos a procura de salvação
Essa consciência transformou tudo em suspiro
Não tenho coragem de assumir minhas insignificâncias
Por isso peço tempestade
Meus erros cresceram em mim
Eu me diminui diante o mundo
Ou não cresci diante a idade
Apelei para promessas
Mas a mudança pode só depender de mim
Tenho medo de pedir respostas
Então pode ser garoa
Sem pressa e sem vontade
A palavra sempre carrega
Quantas viagens para levar isto daqui?
Ass: Danilo Mendonça Martinho