“No limite da mágoa” (17/05/2012)

Pereceu hoje pela manhã a última gota de lágrima. Seca contra o vidro. Sua marca virá a esmaecer em tons de bege ao lado de outras memórias. Sujeiras que se limpam como o canto de um olho. O corpo que foi levado na maré da tristeza repousa sobre a areia, devolvido a mercê dos próprios passos. O sol não o acorda, o vento não o incomoda, a chuva lhe é indiferente. O sentimento perdido aleijou-lhe de vontade. Assim diariamente nega o horizonte que nasce. Ninguém é cego de paixão, apenas depois dela. Pela janela passaram prazeres, atrás da porta do quarto ficaram os desejos e a casa permaneceu fechada. Guardado no fundo da cama o humano por trás da vida.

Tudo que se sente está do outro lado. Fechando os olhos para o mundo, passam também as alegrias.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

8 comentários em ““No limite da mágoa” (17/05/2012)

  1. CONVITEPrimeiro, eu vim ler o seu blogue.Agora, estou lhe convidando a visitar o meu, e se possivel seguirmos juntos por eles. O meu blogue, é muito simples. Mas, leve e dinamico. Palpitamos sobre quase tudo, diversificamos as idéias. Mas, o que vale mesmo, é a amizade que fizermos.Estarei grato, esperando VOCÊ, lá.Abraços dohttp://josemariacostaescreveu.blogspot.com

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  2. Danilo,Ficamos agradecidos pela lembrança materializada por seu primeiro Livro de Poemas, que nos alcança aqui no Velho Mundo.A honestidade da criação de um Poeta como você se antepõe a todos que escrevem para os outros, porque um poeta verdadeiro escreve para atender a sua Alma, não se importando se alguém leu ou entendeu seus sentimentos.Seus Poemas são os gritos de sua Alma dirigidos ao coração de todas as almas do mundo. Assim permita que ela continue a gritar através de suas mãos, para que possa se comunicar com todas aquelas almas que estão ansiosas para ouvi-la. Muitas vezes você mesmo não a entenderá, mesmo assim não hesite em pô-la a falar, pois sua missão é essa; fazê-la existir.dos Amigos Maria Aparecida e Adilson

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