“Apesar” (26/01/2012)

Impressiona-me os pesares da vida
Ancoramos em todo cansaço
Carregamos a mágoa na carteira
Nos tornamos sempre sobreviventes
Um olhar além da lágrima
Um sorriso depois da palavra
Um verso a ignorar o ponto final
Inadvertidamente somos um corpo que insiste
Abraçados a motivos frágeis
Acreditando que não nos sobrará apenas
Mas seguimos a excluir nossos pedaços
Sentimentos de nossa história
Ignorando que também nos fazem parte
Carregamos este fardo à toa
Não podemos viver com ressalvas
A liberdade é, apesar de nada.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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