“Condenado” (09/08/2011)

É uma pena
Deflagrar a verdade
Numa única palavra
Amor é uma conseqüência
A qual voltarei
Como se fosse um erro
Inebriado pela promessa
Embebedo minhas páginas
Sem pudores racionais
Despido de consciência
Perco-me na rima
Preso ao universo
Aquém da paixão
Vazio de realidade
Romanceio a esperança
Um sentir em exagero
Deixaram-me rasgar o peito
Disseram que era longe demais
As feridas se multiplicam
Fiz de tudo uma chance
Sem saber que tinha medida
Sobrou-me ser réu
Perpetuar
Crimes de romantismo
Desculpe se me entrego
Fecho os olhos para o mundo
Mas é preciso preencher os espaços
Até que me tomem a palavra
E a solidão cobre minha pena

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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