“Sob medida” (27/07/2011)

A solidão me veste
Quando as portas fecham
Quando o dia amanhece
Quando a noite cai
O suspiro marca o silêncio
O infinito invade os olhos
O mundo vira apenas possível
A vida conforta
O passo já não pesa
Longe de pressões sociais
Perto do que sinto
Sou apenas um pulso
A mesa já foi preenchida
O convite ficou aquém
Meu vazio tem outro gosto
Encontro com nostalgia
Boa parte da vida está dentro
Não me julgue se me afasto
Não perturbe se me calo
Nem tudo que me serve, completa
Fico sem o brinde
Hesito nos abraços
Guardo minhas palavras
Prefiro o som dos meus passos
A esse caminhar sem ritmo

Ass: Danilo Mendonça Martinho

9 comentários em ““Sob medida” (27/07/2011)

  1. viver neste teu poetar é entrar na tua emoção e sentir que a os pensamentos qdo escritos valem muito mais que palavras, são sentimentos, emoções, saudades…” infinito invade os olhosO mundo vira apenas possível”lindo…beijinhos e uma linda noite

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  2. Que bom que se mantém forte e que a solidão não te venceu. Afinal, “a vida conforta”, como você mesmo disse.Beijos, querido. Au revoir.

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  3. “Não me julgue se me afastoNão perturbe se me caloNem tudo que me serve, completa”Nada completa a infinitude da alma…Ninguém melhor do que o poeta para saber disso.Como disse Ferreira Gullar, “a arte existe porque a vida não basta.”Poeta, gostei muito do seu blog e de sua maneira de dizer as coisas. Convido-o a conhecer o meu e saborear um chocolate quente comigo.Beijokas.Seguindo…

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